Reima: Proibição de alimentos em comunidades de pescadores na Bahia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.35953/raca.v1i1.3Palavras-chave:
Antropologia da Alimentação; Hábitos Alimentares; Crenças Sobre Alimentação; Alimentação e CulturaResumo
Este estudo analisa significados da "reima" dos alimentos enquanto um conceito relacionado a um mal-estar que afeta o corpo. Em geral, os alimentos considerados "reimosos" vêm do campo, da floresta, os mangues e do mar. Este estudo etnográfico considera as experiências de marisqueiras e pescadores sobre "reima" na dimensão biossocial. Esta, faz parte de um conjunto de crenças sobre a relação entre alimentação, corpo e saúde em uma tradição que se mantém mesmo com o acesso aos serviços de saúde formais e à presença de alimentos processados. A “reima" se configura como um ethos da alimentação que causa danos ao corpo assim como produz sentimentos adversos na vida social. Para a clínica médica, "reima" parece com doenças alérgicas cujos sintomas são tratados. Para a comunidade não existe cura e só o "tempo" pode restaurar um corpo doente pela "reima". A interpretação mostra que se trata de uma "ofensa", um produto disciplinar do comer, em que a qualidade e a quantidade de alguns alimentos, bem como misturas, devem ser monitorados no processo saúde e doença.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 CC Attribution 4.0
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.