Food of the gods as a therapeutic practice

beyond nutritional and biological values

Authors

  • Yasmim Mascarenhas Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
  • Denize de Almeida Ribeiro Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

DOI:

https://doi.org/10.35953/raca.v5i2.204

Keywords:

Food, Candomblé, Spirituality

Abstract

The tastes and eating habits in Candomblé rituals are directly linked to its sacred actions. Eating, beyond mere consumption, carries an expanded meaning, especially in Candomblé. To eat is to activate the axé, the fundamental energy and force of life. Together, the preparation methods, knowledge, and rituals transmit axé. Since nourishment goes beyond a biological act, encompassing cultural, social, psychological, and spiritual aspects, the project entitled “Food and Therapeutic Practices in Traditional Communities of Recôncavo da Bahia” aimed to understand the dietary and therapeutic practices in Candomblé terreiros and the significance of food in terms of physical and spiritual well- eing. Understanding the complexity of the spiritual connections developed within a Candomblé terreiro is often immeasurable, even for its followers, presenting itself as a complex religious system. Thus, food is so intricately woven into this religion that one could say they cannot exist without each other, just as physical and spiritual well-being are interconnected and form the concept of health in Candomblé. Food in this religious context holds a symbolic role in communication between beings and deities, as it is through energetic exchanges that they both nourish and are nourished.

References

Lody R. Tudo come e tudo se come: em torno do conceito de comer nas religiões afro-brasileiras. In: O povo do santo: religião, história e cultura dos orixás, voduns, inquices e caboclos. Rio de Janeiro: Pallas; 1998.

Eugenio RW. A formação do candomblé no Brasil. In: Candomblé a panela do segredo. São Paulo: Mandarim; 2008.

Romio E. Brasil 1500/2000. In: 500 anos de sabor. São Paulo: ER Comunicações; 2000. p. 59-61.

Ligiéro Z. Iniciação ao candomblé. São Paulo: Record; 1993. p. 31.

Poulain JP, Proença RPC. Sociologia da alimentação. Nutr Pauta. 2004;(68):7-12.

Santos DM. História de um terreiro de nagô. São Paulo: Max Limonad; 1988.

Bacelar J, Caroso C. As dietas africanas no sistema alimentar brasileiro. In: Faces da tradição afro-brasileira. Rio de Janeiro: Pallas; 1999. p. 319-25.

Bastide R. O candomblé da Bahia. São Paulo: Companhia das Letras; 2003.

Freitas MCS, Minayo MCS, Fontes GAV. Sobre o campo da Alimentação e Nutrição na perspectiva das teorias compreensivas. Cienc Saude Colet. 2011;16(1):31-8.

Backes D, Stein [et al.]. Oficinas de espiritualidade: alternativa de cuidado para o tratamento integral de dependentes químicos. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(5):1254-9.

Fisberg RM, Villar BS, Colucci ACA. Alimentação equilibrada na promoção da saúde. In: Cuppari L, editor. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica no adulto. São Paulo: Manole; 2002. p. 47-54.

Silva NP [et al.]. Comportamento alimentar no campo da Alimentação e Nutrição: do que estamos falando? Physis. 2016;26(4):1103-23.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006.

Denzin NK, Lincoln YS. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2a ed. Porto Alegre: Artmed; 2006.

SEPROMI (Secretaria de Promoção da Igualdade Racial). Mapeamento dos Espaços de Religião de Matrizes Africanas do Recôncavo. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia; 2012.

CAZAES, Melira Elen Mascarenhas. No ritmo do compasso, a melodia das filarmônicas em harmonia com o tempo: um estudo sobre a Lyra Ceciliana e a Minerva Cachoeirana (1960-1980). 2015. 184 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em História) - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2015.

Tipo de acesso: Acesso Aberto

URI:http://localhost:8080/tede/handle/tede/160Data de defesa:24-Jul-2015.Aparece nas coleções: Coleção UEFS

Mota CS, Trad LAB. A gente vive pra cuidar da população: estratégias de cuidado e sentidos para a saúde, doença e cura em terreiros de candomblé. Saude soc [Internet]. 2011Apr;20(2):325–37. Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000200006

Fischler C. El (h)omnívoro: el gusto, la cocina y el cuerpo. Barcelona: Anagrama; 1995.

Damatta R. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco; 1986.

Ribeiro D. Concepções e Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional entre os Terreiros de Candomblé de Novos Alagados/BA. Salvador; 2013.

Carneiro H. Comida e sociedade: uma história da alimentação. Rio de Janeiro: Campus; 2003.

Canesqui AM, Garcia RWD, organizadores. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005.

ALVES, M. C.; SEMINOTTI, N. Atenção à saúde em uma comunidade tradicional de terreiro. Rev. Saúde Pública . 2009, vol.43, pp.85-91. suppl.1.Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000800013. Acesso em: 21 de Setembro de 2017.

Published

2025-04-16

How to Cite

1.
Mascarenhas Y, Ribeiro D de A. Food of the gods as a therapeutic practice: beyond nutritional and biological values. Rev. Alim. Cult. Amer [Internet]. 2025 Apr. 16 [cited 2025 Apr. 19];5(2):40-58. Available from: https://raca.fiocruz.br/index.php/raca/article/view/204

Issue

Section

Article