Algunas aportaciones de Janine Collaço para “pensar” y “actuar” una antropología de la alimentación

Autores

  • Jesús Contreras Universitat de Barcelona

Palavras-chave:

Antropologia da Alimentação, Identidade Alimentar Contemporânea, Globalização e Comensalidade

Resumo

Este artículo rinde un homenaje póstumo a Janine Collaço, destacando sus aportaciones a la antropología de la alimentación. El objetivo es reflexionar sobre la complejidad y multidimensionalidad del acto de comer en la contemporaneidad, enfatizando la necesidad de un enfoque holístico que integre dimensiones biológicas, culturales, sociales y simbólicas. Metodológicamente, el texto se basa en una revisión bibliográfica y el análisis de publicaciones de Collaço, dialogando con autores como Lévi-Strauss y Fischler, e ilustra los argumentos con ejemplos etnográficos, datos estadísticos y representaciones visuales (como etiquetas alimentarias y clasificaciones nutricionales). Los resultados demuestran que la alimentación contemporánea está marcada por una creciente fragmentación, individualización y "liquidez", reflejada en la proliferación de clasificaciones, adjetivaciones y prácticas alimentarias diversas, influidas por factores como la globalización, urbanización, salud, ética e identidad. Se concluye que, aunque la máxima "somos lo que comemos" sigue siendo válida, la relación entre alimentación e identidad se ha vuelto plural, dinámica y en constante reconstrucción, exigiendo de la antropología de la alimentación un enfoque interdisciplinario y contextualizado para comprender las transformaciones y contradicciones de los sistemas alimentarios actuales.

Algumas contribuições de Janine Collaço para "pensar" e "agir" uma antropologia da alimentação

Este artigo realiza uma homenagem póstuma a Janine Collaço, destacando suas contribuições para a antropologia da alimentação. O objetivo é refletir sobre a complexidade e multidimensionalidade do ato de comer na contemporaneidade, enfatizando a necessidade de uma abordagem holística que integre dimensões biológicas, culturais, sociais e simbólicas. Metodologicamente, o texto baseia-se em revisão bibliográfica e análise de publicações de Collaço, dialogando com autores como Lévi-Strauss e Fischler, e ilustra argumentos com exemplos etnográficos, dados estatísticos e representações visuais (como rótulos alimentares e classificações nutricionais). Os resultados demonstram que a alimentação contemporânea é marcada por uma crescente fragmentação, individualização e “liquidez”, refletida na proliferação de classificações, adjetivações e práticas alimentares diversificadas, influenciadas por fatores como globalização, urbanização, saúde, ética e identidade. Conclui-se que, embora a máxima “somos o que comemos” permaneça válida, a relação entre alimentação e identidade tornou-se plural, dinâmica e em constante reconstrução, exigindo da antropologia da alimentação uma abordagem interdisciplinar e contextualizada para compreender as transformações e contradições dos sistemas alimentares atuais.

Referências

Collaço J. Os distintos sentidos do conceito de cultura e suas implicações na produção recente sobre a alimentação e o comer. RevAliment Cult Am. 2019;1(1).

Collaço J, Menasche R. Comer contemporâneo: e não é que comida continua boa para pensar? Soc Cult. 2015;18(1).

Contreras J, Ribas J. Nutrients: Are They Also Good to Think? Semiotica. 2016; 211:139-63.

Contreras J. ¿Seguiremos siendo lo que comemos?Barcelona: Icaria; 2022.

Lévi-Strauss C. Mythologiques I: Le Cru et le Cuit. Paris: Plon; 1966.

Fischler C. L'Homnivore: le goût, la cuisine et le corps. Paris: Odile Jacob; 1990.

Collaço J, Menasche R, Prado T. Trajetórias da Antropologia da Alimentação no Brasil. RevAliment Cult Am. 2024;5(1):4-37.

Castell GS, Mataix J, Serra L. Grupos de alimentos. In: Serra L, Aranceta Bartrina J, editores. Nutrición y salud pública: métodos, bases científicas y aplicaciones. Madrid: Masson; 2006. p. 38-51.

Baas MA, Wakefield LM, Kolasa KM. Community nutrition and individual food behaviour. Minnesota: Burgess Publishing; 1979.

Fieldhouse P. Food, nutrition, customs and culture. London: Croom Helm; 1986.

Nicod M. Gastronomically speaking: Food studied as a medium of communications. In: Turner MR, editor. Nutrition and Lifestyles. London: Applied Science Publishers; 1980.

Baudrillard J. La sociedad de consumo. Barcelona: Plaza y Janés; 1974.

Collaço J, Augusto F, Prado T, editores. Cidades e consumo alimentar. [Local desconhecido]: [editora desconhecida]; [ano].

Adamiec C. Quand manger sain deviant une obsession. In: Fischler C, editor. Les alimentation sparticulières. Paris: Odile Jacob; 2013. p. 149-61.

Fischler C, editor. Les alimentations particulières. Mangeronsnous ensemble demain? Paris: Odile Jacob; 2013.

Pliner P. La néophobie génératrice de régimes alimentaires individuels. In: Fischler C, editor. Les alimentations particulières. Paris: Odile Jacob; 2013. p. 223-34.

Pliner P, Salvy S. Neophobia and willingness to try novel foods. In: The Psychologyof Food Choice. Wallingford: CABI Publishing; 2007.

Vigarello G. Pratiques individualisantes et histoiredes régimes. In: Fischler C, editor. Les alimentations particulières. Paris: Odile Jacob; 2013. p. 107-16.

Bauman Z. Vida líquida. Barcelona: Paidós; 2006.

Beck U. La sociedad del riesgo: hacia una nueva modernidad. Barcelona: Paidós; 2001.

Giddens A. Modernity and Self-Identity. Cambridge: Polity Press; 1991.

Giddens A. Las consecuencias perversas de la modernidad. Barcelona: Anthropos; 1996.

Puidomech P. ¿Qué comemos? Barcelona: Planeta; 2004.

Piketty T. Capitalismo e ideología. Barcelona: Planeta; 2019.

Lambert JL. Les mangeurs face aux nouvelles technologies alimentaires; consequences pour les industries alimentaires. In: La conservation de demain. Bordeaux: [editora desconhecida]; 1997.

Ascher F. Le mangeur hyper moderne. Paris: Odile Jacob; 2005.

Publicado

23-12-2025

Como Citar

1.
Contreras J. Algunas aportaciones de Janine Collaço para “pensar” y “actuar” una antropología de la alimentación. Rev. Alim. Cult. Amer [Internet]. 23º de dezembro de 2025 [citado 28º de dezembro de 2025];6(2):5-35. Disponível em: https://raca.fiocruz.br/index.php/raca/article/view/235

Edição

Seção

Artigo Especial