los usos turísticos del patrimonio alimentario
elementos para reflexionar sobre el desarrollo local en la ciudad de Goiás
Palabras clave:
consumo, desarrollo local, Goiás, patrimonio alimentario, Turismo culturalResumen
Esta investigación analiza la apropiación del patrimonio gastronómico con fines de turismo cultural en la ciudad de Goiás, primera capital del estado de Goiás (Brasil), cuyo centro histórico fue reconocido como Patrimonio Cultural de la Humanidad por la UNESCO en 2001. El estudio se centra en los actores involucrados en la producción y comercialización de alimentos típicos, como propietarios de establecimientos gastronómicos, cocineros y pasteleros, con el objetivo de comprender cómo el patrimonio gastronómico se constituye en emblema de la cultura local y se mercantiliza en el contexto del turismo cultural. Mediante un enfoque etnográfico, que incluyó observación participante, entrevistas en profundidad y registros fotográficos, la investigación revela la diversidad de flujos culturales que atraviesan la cocina de Goiás, destacando el papel del poder en la subalternización de ciertos patrimonios y en la construcción de una imagen híbrida y armoniosa, favorable a la comercialización turística. Estos actores, muchos de ellos herederos de patrimonios subalternizados, reproducen estratégicamente elementos emblemáticos, como el uso del pequi, la gueroba y objectos culinarios, como la estufa de leña, en respuesta a las demandas del mercado turístico, al mismo tiempo que fortalecen sus matrices culturales históricamente marginalizadas. Se concluye que el patrimonio alimentario funciona como un recurso simbólico crucial para reforzar la identidad cultural y activar la economía local a través del turismo, y que su preservación debe entenderse como un proceso dinámico, gestionado cotidianamente por los sujetos y promotor del desarrollo local. No obstante, se advierte sobre los riesgos de una comercialización extrema, que podría conducir a la conversión del patrimonio en simulacros.
Citas
Barbosa FAC. Dos usos turísticos do patrimônio alimentar: formação cultural e os mercadores de comida típica na Cidade de Goiás [dissertação]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás; 2015.
Gonçalves JRS. A fome e o paladar. In: Gonçalves JRS, editor. Alimentação e cultura popular. Rio de Janeiro: Funarte; 2002. p. 7-16.
Sahlins MD. O "pessimismo sentimental" e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um "objeto" em via de extinção (parte I). Mana. 1997;3(1):41-73.
Collaço JHL. Gastronomia: a trajetória de uma construção recente. In: Anais da 29ª Reunião Brasileira de Antropologia; 2014 Out; Rio de Janeiro, Brasil.
Wulf C. Homo pictor: imaginação, ritual e aprendizado mimético no mundo globalizado. São Paulo: Hedra; 2013.
Appadurai A. Introdução: mercadorias e a política de valor. In: Appadurai A, editor. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Editora Universitária Fluminense; 2008. p. 15-88.
Kopytoff I. A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo. In: Appadurai A, editor. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Editora Universitária Fluminense; 2008. p. 89-123.
Baudrillard J. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio d'Água Editores; 1991.
Bessière J. Local development and heritage: traditional food and cuisine as tourist attractions in rural areas. Sociol Rural. 1998;38(1):21-34.
Gonçalves JRS, organizador. Seminário alimentação e cultura popular. Rio de Janeiro: Funarte/CNFCP; 2002.
Maciel ME. A culinária e a tradição. In: Gonçalves JRS, organizador. Alimentação e cultura popular. Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte; 2002. p. 27-35.
Carneiro E. Dinâmica do folclore. São Paulo: WMF Martins Fontes; 2008.
Espeitx E. Patrimonio alimentario y turismo: una relación singular. PasosRevTurPatrim Cult. 2004;2(2):193-213.
Varine H. As raízes do futuro: o patrimônio a serviço do desenvolvimento local. Porto Alegre: Medianiz; 2012.
Tamaso IM. A expansão do patrimônio: novos olhares sobre velhos objetos e outros desafios. Soc Cult. 2005;8(2):13-36.
Canclini NG. O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional. RevPatrimHistArt Nac. 1994;23:94-115.
Collaço JHL. Gastronomia: a trajetória de uma construção recente. Habitus. 2013;11(2):203-22.
Stavenhagen R. Etnodesenvolvimento: uma dimensão ignorada do pensamento desenvolvimentista. Anu Antropol. 1985;84:11-44.
Contreras J, Arnaíz M. Alimentación y Cultura: perspectivas antropológicas. Barcelona: Ariel; 2005.
Péclat G. Empadão Goiano: expressão de práticas festivas e ecológicas. RevFac Estácio Sá Goiás. 2008;1(1):139-50.
Gabaccia D. What do we eat? In: Counihan C, editor. Food in the USA: a reader. Nova York: Routledge; 2002. p. 35-40.
Canclini NG. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais na globalização. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; 1999.
Ortêncio B. Cozinha goiana: histórico e receituário. Goiânia: Kelps; 2000.
Brandão CR. Plantar, colher, comer: um estudo sobre o campesinato goiano. Rio de Janeiro: Edições Graal; 1981.
Chaul NF. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. Goiânia: UFG; 2010.
Delgado AF. Memória, trabalho e identidade: as doceiras da cidade de Goiás. Cad Pagu. 1999;13:293-325.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 CC Attribution 4.0

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.




