Comida ritualística às divindades africanas em Tenda dos milagres (1969), de Jorge Amado

Autores

  • Denise Rocha Universidade Federal do Ceará, Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.35953/raca.v3i1.129

Palavras-chave:

Jorge Amado. Comida. Orixás.

Resumo

O objetivo desse artigo é delinear o papel das comidas ritualísticas em cerimônias de candomblé na obra Tenda dos Milagres (1969), de Jorge Amado, na qual o romancista baiano aborda o preconceito dos brancos perante as religiões de matriz africana. Mulato e capoeirista, o protagonista Pedro Archanjo, que transita no universo das festas religiosas da Bahia e nos terreiros de pais de santos, é um bedel da Faculdade de Medicina. Autodidata, o sociólogo amador escreve livros sobre a mestiçagem, o sincretismo religioso, a gastronomia e a cultura popular. Em uma época plena de críticas ao candomblé, o narrador apresenta a profundidade dos ritos, nos quais a comida é um elemento primordial na relação de trocas entre os seres humanos e as divindades. O artigo de caráter bibliográfico foi baseado em reflexões de Mauss (dádiva), de Vogel (oferendas e sacrifícios) e de Bastide (hibridismo cultural).

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Publicado

18-07-2022 — Atualizado em 19-09-2022

Versões

Como Citar

Rocha, D. (2022). Comida ritualística às divindades africanas em Tenda dos milagres (1969), de Jorge Amado. Revista De Alimentação E Cultura Das Américas, 3(1), 88–101. https://doi.org/10.35953/raca.v3i1.129 (Original work published 18º de julho de 2022)

Edição

Seção

Artigo