Comida como afeto, conforto e refúgio: entendendo o ato de comer em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.35953/raca.v2i2.42Palavras-chave:
comida; comensalidade; afeto; sociabilidade; pandemia.Resumo
O objetivo deste ensaio é refletir sobre os significados da comida e suas funções em um contexto de distanciamento social. Nosso referencial empírico são as classes médias das grandes cidades brasileiras, em especial do Rio de Janeiro, que com o distanciamento social e a quarentena, passaram a cozinhar muito mais que habitualmente, estabelecendo um novo padrão para as suas refeições. Por outro lado, principalmente por razões econômicas, muitas pessoas começam a encontrar dificuldades em manter sua dieta diária, resultando em insegurança alimentar. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental nos meios de comunicação social, subsidiada por uma revisão bibliográfica e complementada por uma pesquisa no aplicativo WhatsApp. O ensaio divide-se em três partes: na primeira contextualizamos o problema, na segunda apresentamos o referencial teórico e na terceira apresentamos exemplos e depoimentos que nos permitem traçar um panorama desse novo contexto de alimentação em tempos de pandemia de COVID-19. Concluímos que, nesse novo contexto, as pessoas estão mais voltadas para o comfort food, e que o preparo da comida continua sendo uma tarefa majoritariamente feminina, mesmo nos casos em que os homens estão em casa.
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