Àwo Fifè Nlá: comida de santo como cultura afro-brasileira
DOI:
https://doi.org/10.35953/raca.v3i1.128Palavras-chave:
Comida de Santo. Ebó. Cultura Africana no Brasil. Candomblé.Resumo
Este artigo trata da comida de santo do Candomblé refletindo sobre a sua condição como monumento nacional e patrimônio cultural material e imaterial do Brasil. A comida de santo que constitui o ebó do Candomblé agrega todas as instituições que uma cultura compõe, tanto a culinária, como a música, o vestuário, a religiosidade, uma coletânea de cânticos em língua iorubá, que compreendem elementos que produzem nossa cultura. Para abordar a temática foi realizado um levantamento bibliográfico de diversos artigos e livros científicos com foco no léxico comida de santo, nos variados candomblés de nosso país. Destaca-se possibilidades de cortes epistemológicos com base em Frantz Fanon sobre a negação da cultura negra e sugere-se a fenomenologia da comida de santo como discussão entre autores consagrados, conhecidos do grande público, e outros não, por terem publicado textos muito recentemente. A discussão está norteada pela seguinte questão: a comida de santo e o Candomblé servem a um novo conceito político de Estado brasileiro e que, portanto, permitem o ioruba como língua de culto exigindo uma nova política pública de identidade nacional? Ao compreender a comida de santo, constata-se que a cultura negra está fortemente presente na culinária cotidiana do brasileiro.
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